quinta-feira, 20 de junho de 2013

Relação Homem & Natureza




Começo o post de hoje com uma imagem que nos faz refletir sobre como funciona a relação homem-natureza em nossa sociedade.

O homem utiliza os recursos naturais para a satisfação de suas necessidades, para serem utilizados eles precisam ser apropriados. A pergunta é: Essa apropriação acontece de forma tranquila? A imagem representa que estamos vivendo um jogo de interesses e conflitos entre a natureza e os atores sociais e que o homem cada vez mais olha para o seu o EGO esquecendo-se que ele não está no topo da cadeia e sim inserido na teia da vida, o ECO.

A natureza está no homem e o homem está na natureza! A busca do entendimento dessa relação vem desde os antigos filósofos gregos até a ciência moderna. A sociedade atual tem vivenciado uma série de problemas que envolve o seu modo de se relacionar com a natureza colocando em questão a formulação do seu conceito. Além disso, a natureza pode ter variados significados para a humanidade, pois o campo de relação entre natureza e homem é muito amplo, lembrando que cada ser humano apresenta uma necessidade diferente.

Você deve estar se perguntado: O que toda essa discussão em torno da relação homem-natureza tem a ver com a problemática ambiental que vivemos atualmente? São exatamente as representações sociais da natureza que está na base de toda problemática e discussão. É preciso entender a sociedade humana, como ela age e sua relação com o meio ambiente para pensar em soluções e ações de mitigação dos problemas ambientais.

Os seres humanos estabelecem relações sociais que ocorrem nas diferentes esferas da vida societária (econômica, política, religiosa, científica, jurídica, afetiva, étnica, etc.) e por meio delas atribuem significados à natureza (econômico, estético, sagrado, lúdico, econômico-estético, etc.). Ao agir sobre a natureza os seres humanos instituem práticas e alterando suas propriedades garantem a reprodução social de sua existência. Portanto, são as relações sociais que explicam as múltiplas e diversificadas práticas de apropriação e uso dos recursos ambientais.

Não é possível conhecer o ser humano sem considerá-lo inserido em uma sociedade, em uma cultura, se apropriando e interagindo com um meio natural, em um momento histórico, e em dadas condições políticas e econômicas. As representações sociais geram conflitos ambientais. Pela sua complexidade, a questão ambiental não pode ser compreendida segundo a ótica de uma única ciência, tem-se a necessidade de um outro "modo de conhecer", que supere o olhar fragmentado sobre o mundo real. O reconhecimento da complexidade do conhecer implica em se assumir a complexidade do aprender.

E termino esse post com um trecho do filme Ponto de Mutação, do livro de mesmo nome do físico e escritor Fritjof Capra. Esse filme fala da necessidade de transformação do pensamento fragmentado para um pensamento ecológico que seja capaz de compreender a complexidade da vida, suas interconexões e interdependências.




Blog Ecoando.

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