Começo o post de hoje com uma imagem que nos faz refletir
sobre como funciona a relação homem-natureza em nossa sociedade.
O homem utiliza os recursos naturais para a satisfação de
suas necessidades, para serem utilizados eles precisam ser apropriados. A
pergunta é: Essa apropriação acontece de forma tranquila? A imagem representa
que estamos vivendo um jogo de interesses e conflitos entre a natureza e os
atores sociais e que o homem cada vez mais olha para o seu o EGO esquecendo-se
que ele não está no topo da cadeia e sim inserido na teia da vida, o ECO.
A natureza está no homem e o homem está na natureza! A busca
do entendimento dessa relação vem desde os antigos filósofos gregos até a
ciência moderna. A sociedade atual tem vivenciado uma série de problemas que
envolve o seu modo de se relacionar com a natureza colocando em questão a
formulação do seu conceito. Além disso, a natureza pode ter variados
significados para a humanidade, pois o campo de relação entre natureza e homem
é muito amplo, lembrando que cada ser humano apresenta uma necessidade
diferente.
Você deve estar se perguntado: O que toda essa discussão em
torno da relação homem-natureza tem a ver com a problemática ambiental que
vivemos atualmente? São exatamente as representações sociais da natureza que
está na base de toda problemática e discussão. É preciso entender a sociedade
humana, como ela age e sua relação com o meio ambiente para pensar em soluções
e ações de mitigação dos problemas ambientais.
Os seres humanos estabelecem relações sociais que ocorrem
nas diferentes esferas da vida societária (econômica, política, religiosa,
científica, jurídica, afetiva, étnica, etc.) e por meio delas atribuem
significados à natureza (econômico, estético, sagrado, lúdico,
econômico-estético, etc.). Ao agir sobre a natureza os seres humanos instituem
práticas e alterando suas propriedades garantem a reprodução social de sua
existência. Portanto, são as relações sociais que explicam as múltiplas e
diversificadas práticas de apropriação e uso dos recursos ambientais.
Não é possível conhecer o ser humano sem considerá-lo inserido
em uma sociedade, em uma cultura, se apropriando e interagindo com um meio
natural, em um momento histórico, e em dadas condições políticas e econômicas.
As representações sociais geram conflitos ambientais. Pela sua complexidade, a
questão ambiental não pode ser compreendida segundo a ótica de uma única
ciência, tem-se a necessidade de um outro "modo de conhecer", que
supere o olhar fragmentado sobre o mundo real. O reconhecimento da complexidade
do conhecer implica em se assumir a complexidade do aprender.
E termino esse post com um trecho do filme Ponto de Mutação,
do livro de mesmo nome do físico e escritor Fritjof Capra. Esse filme fala da
necessidade de transformação do pensamento fragmentado para um pensamento
ecológico que seja capaz de compreender a complexidade da vida, suas
interconexões e interdependências.
Blog Ecoando.
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